Libelinha breve,
luzindo elegância,
revolteia incerta,
é um cibinho, um cisco,
um papel de lustro,
é uma transparência,
é uma chôina viva,
cintila na prata
de água cristalina,
jogando escondidas
na verde cortina
da folhagem fresca,
faísca na tarde
estremecendo a sesta…
rodopia e segue,
vai num corrupio,
na curva do rio
perdi-a de vista…
José Eduardo Rodrigues - Amieiral – Rio Pinhão-Agosto de 1994